quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Testemunho do cantor Lázaro

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Revista Comunhão

“O DVD “Eu te amo tanto” do cantor e compositor Lázaro, lançado no início de 2008, tornou-se um grande sucesso entre os evangélicos, um fenômeno musical que contagiou o público. Mas muito desse êxito se deve ao testemunho de vida que Lázaro apresenta neste trabalho. Pontuando as músicas, o cantor vai contando sua história mesclada à parábola do filho pródigo narrada na Bíblia, ao mesmo tempo em que faz com que as pessoas refl itam sobre sua própria existência, intercedam e orem por outras. Ora com músicas mais agitadas, bem baianas como o cantor, inclusive com faixas de reggae, ora com baladas mais lentas, o cantor conta que, como o fi lho pródigo, esteve “morto” e voltou para o Pai.
O DVD já conquistou o disco de ouro, embora o impressionante seja o fato de que o próprio Lázaro, durante suas apresentações, estimule as pessoas a fazerem cópias do trabalho para presentearem outras pessoas, para que elas venham a conhecer o seu testemunho. Não vender, nem comprar DVDs piratas na mão de camelôs, mas presentear.
Na internet, centenas de manifestações em sites que comercializam o DVD dão conta de que o testemunho de Lázaro é comovente. O ponto alto do DVD é a música “Eu te amo tanto”, composição do próprio Lázaro que dá nome ao trabalho e faz sucesso nas rádios. Apesar de todo o trabalho do artista possuir um estilo bastante jovem, seu público é composto por pessoas de todas as faixas etárias e de diversas denominações.
Com bom humor e bastante realismo, Lázaro afi rma que não é e nem deseja ser uma estrela da música gospel. “Um dia desses falaram comigo: ‘Que bom que você optou por uma gravação tão simples!’ (risos) Eu digo: ‘Não foi uma opção, mas foi o melhor que nós pudemos fazer! Na gravação, eu estava usando minha melhor roupa!’ (risos) Não é uma estratégia. Eu sou assim. Estou lutando”.
Além da trajetória, semelhante à do fi lho pródigo, e do nome bíblico, a história de vida resgatada coincide com a história de Lázaro, um amigo de Jesus e de seus discípulos, que vivia em Betânia e era irmão de Marta e Maria. Certo dia, Lázaro fi cou doente. Foram chamar por Jesus para que fosse visitá-lo a fi m de que não morresse. Mas Jesus afi rmou que a enfermidade de Lázaro não era para a morte, mas, sim, para a glória de Deus. Essa história o povo de Deus conhece e sabe que Lázaro morreu e permaneceu morto por quatro dias, até que Jesus chegou à sua casa, chorou por ele e mandou retirar a pedra da porta do túmulo, chamando o amigo para fora.
O Lázaro baiano, que congrega na Igreja Batista de Pituba, em Salvador, também foi chamado “para fora”, mas para fora da vida secular. Ele começou sua carreira como músico aos 18 anos, quando comprou um violão. Tocou na noite, em bares e boites, percorreu uma longa estrada até chegar aos caminhos da música como ministério de Deus. Lázaroviajou por todo o Brasil tocando em diversas bandas, mas o maior reconhecimento veio com a atuação na banda Olodum. Neste caminho, Lázaro conheceu as drogas, teve problemas por causa delas e a vida começou a parecer muito complicada.
Quando saiu do Olodum, o cantor se viu sem dinheiro, sem casa, viciado, e precisou da ajuda de outras pessoas para viver. Lázaro conta que sua vida foi “moída pelo diabo”, ele canta exatamente isso na música “Bagaço”, e diz que o inimigo fazia dele o que bem entendia, o queo o envergonhava social e espiritualmente.
Hoje, Lázaro novamente viaja pelo Brasil, fazendo apresentações, contando o seu testemunho e demonstrando um pouco daquilo que sofreu na própria pele. Em entrevista à Comunhão, disse que vive na total dependência de Deus. “Tenho consciência de que no dia em que achar que estes aplausos são para mim, tudo acabou”.
A humildade, segundo ele, é uma das características que procura manter como sustentáculo de seu ministério: “O que eu peço a Deus é que guarde o meu coração, porque o primeiro passo que uma pessoa dá em direção a Deus é antes em direção a outro homem, porque ela precisa ouvir uma palavra, precisa gostar de um cantor, ou se identifi car com uma determinada igreja. Peço isso porque Ele foi quem me deu este privilégio de guiar multidões. Para que nós não achemos que é por nossa capacidade”.
Quanto à vaidade da vida com a qual já teve contato durante sua carreira secular, ele afi rma que tem buscado a orientação de Deus em oração. “O difícil é administrar a nós mesmos. Porque falar de humildade para um microfone e para uma pessoa gravando entrevista é fácil. Agora, ser humilde com vinte mil pessoas gritando o seu nome, aí se a gente não tiver a direção de Deus é complicado”, desabafou.
Depois de nove anos de nova carreira, com a vida resgatada, reconciliado com a família e a música novamente fl uindo em sua existência, agora como ministério, Lázaro afirma que não buscou por este reconhecimento que surge hoje como algo natural, por onde quer que ele passe. “Jesus, para me fazer ressurgir, me fez acreditar que a minha vida como músico estava acabada. Eu estava acostumado a enfrentar milhares e milhares de pessoas à minha frente. Às vezes, cantava numa igreja em que não ia ninguém. Eu
tocava sozinho, de sete e meia até as nove horas.
Naquela época, eu achava que tudo tinha terminado. Tive de arrancar a música de dentro de mim. Tanto, que hoje eu não me considero um artista evangélico; eu me considero alguém que sobe ao púlpito, que prega, que canta, de quem as pessoas gostam e das quais eu gosto”


EU TE AMO TANTO
Lázaro
Por que me resgatou?
Por que me trouxe aqui?
Por que me queres, Deus, tanto assim?
Se contra o céu pequei, e contra ti
também.
Minha vida eu destruí, como errei...
Por que me queres tanto assim?

(Refrão 2X)

Filho eu quero tanto
Enxugar teu pranto, te fazer só meu.
Filho eu quero ser teu Deus
Eu te amo tanto, tanto, tanto, tanto
Filho vem ser meu, filho eu quero ser teu
Deus
Por que me queres tanto assim?
Eu quero te envolver em meus mistérios
No manto da minha glória
Eu vou desenrolar o rolo santo
Mudar a tua história
Eu vou fazer de ti vaso de honra
Eu vou envergonhar os que te zombam
Vou te dar vitória

Por que me queres tanto assim?

(Refrão 2X)

Por que eu te amo!

CONTATO LÁZARO
Telefone: (75) 3223-3863
(75) 3603-9215
e-mail: contato@irmaolazaro.com.br
Site: www.irmaolazaro.com.br

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Prioridade do Evangelismo

Robert E. Coleman

Um grupo de turistas estava sendo conduzido pelas instalações da famosa igreja londrina, Westminster Abbey, quando uma velhinha interrompeu o guia.

“Meu jovem! meu jovem! Será que você poderia parar de falar por um instante para responder a uma pergunta? Diga-me, alguma alma foi salva aqui ultimamente?”

Houve, então, um silêncio total enquanto o grupo, estarrecido e constrangido, ponderou a pergunta. Almas salvas em Westminster Abbey? E por que não? Não é essa a tarefa primordial da Igreja?

Mas, hoje, há tantas exigências e cobranças que é fácil ficar com as prioridades fora de ordem. É por isso que a igreja precisa se lembrar de que é Corpo de Cristo, e como Corpo dele na terra somos chamados para viver no seu Corpo como ele vivia. Logo, o evangelismo se torna o propósito primordial num grupo de crentes bem coordenado, porque foi o propósito primordial do Corpo do Senhor – a única razão por que o eterno Filho se despiu das vestimentas da glória e assumiu a forma de nossa carne.

Devido à nossa insensibilidade em relação a esse fato, chegamos a reproduzir a cegueira da gente religiosa que presenciou o ato do Calvário. Eles zombaram de Cristo por não descer da cruz para se salvar (Mc 15.31). O que aqueles egoístas mundanos não entenderam é que Jesus não veio para se salvar, mas, sim, para nos salvar. Ele “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). Ele veio para “buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).

Qualquer igreja que estiver vivendo na plenitude do Espírito Santo reconhecerá essa prioridade de Jesus e se dedicará ativamente a ganhar os perdidos. A experiência da igreja no Pentecostes deixa bem claro esse fato. Reconhecemos que a paixão pelas almas é um dos frutos do avivamento, mas cremos também que esse amor aumenta na medida em que nos envolvemos no trabalho. Uma igreja que não sai ao mundo para anunciar o evangelho de Cristo não reconheceria o avivamento se ele viesse.

O evangelismo, então, pode ser visto como uma espécie de termômetro do Corpo de Cristo. Quando a igreja está enferma, o programa de evangelismo costuma ser o primeiro a sofrer. As tradições e o orgulho fazem com que qualquer outro programa continue, mesmo depois que sua razão de ser é esquecida. Mas é preciso entender que qualquer atividade, que não esteja expressando o amor do Salvador pelos perdidos, está completamente fora de sintonia com o evangelho. É trágica a situação quando a preocupação com fraternidade, melhoramentos comunitários, destaque intelectual, bem-estar social ou qualquer outra causa secundária torna-se a paixão controladora da vida da igreja.

Essa confusão de prioridades é, sem dúvida, um dos problemas que mais causam perplexidade na comunidade cristã. Não é fácil manter as coisas mais importantes nos lugares mais importantes na igreja, mas é mais difícil ainda enfrentar as conseqüências de não fazê-lo. A verdade cruel é que quando o evangelismo é colocado numa posição de pouca importância no programa da igreja, esta começa a morrer. E se algo não acontecer para reverter essa tendência, a igreja deixará de existir. A igreja somente pode continuar na medida em que o povo de Deus, pelo seu Espírito, reproduz a sua vida em cada geração.

Essa reprodução não é produto do acaso. Precisamos mirar o alvo para acertá-lo. A ideia sentimental de que é só viver uma vida boa e o evangelismo cuidará de si, tem uma capacidade enorme de nos tornar passivos. Por outro lado, um constante redemoinho de atividades na igreja não garante que as pessoas estão se convertendo. Podemos encher os templos aos domingos, podemos realizar grandes construções, aumentar grandemente as receitas da igreja, gastar muita energia em muitas coisas boas, mas o evangelismo ainda pode estar faltando. O compromisso de tornar Cristo conhecido e amado precisa permanecer firme em nossa vida. Esse compromisso precisa permear a vida do Corpo de Cristo e a vida de cada membro do Corpo.

John Vasser foi um homem excêntrico, mas bondoso, que aproveitava todas as oportunidades possíveis para falar de Cristo. Um dia, no saguão de um hotel onde aguardava a chegada de um amigo, ele começou a conversar com uma mulher da alta sociedade, falando-lhe das coisas do Senhor. Ela ficou impressionada com a ousadia que o servo do Senhor usou na sua abordagem do evangelho. De repente, chegou o homem que o Sr. Vasser aguardava, e ele teve de ir embora.

Logo em seguida, chegou o marido daquela senhora, e ela relatou:
– Apareceu um senhor idoso me falando de religião.
– Eu teria dito logo para ele ir cuidar dos negócios dele, disse o marido.
– Ah, respondeu ela, se você tivesse ouvido o homem, teria dito que ele estava cuidando dos seus negócios.

Não deveria ser esse o negócio de todos nós? Não estou dizendo que devemos usar a mesma abordagem que John Vasser usou, ou a que qualquer outra pessoa usa. Mas essa compulsão de espalhar o evangelho deve marcar também a nossa vida. Somos a igreja de Cristo e como ele foi enviado pelo Pai a este mundo, assim nos envia a nós.

Quando o amor de Cristo nos constranger e quando buscarmos em primeiro lugar o seu reino, guardaremos as suas prioridades.

Robert E. Coleman é professor emérito de Evangelismo na Trinity Evangelical Divinity School, em Deerfield, e diretor do Instituto de Evangelismo Billy Graham, em Wheaton.

in Revista Mensagem da Cruz #146 (Editora Betânia)

Jesus está sempre presente

*
Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,
auxílio sempre presente na adversidade.
Salmo 46:1

Você já sentiu aquela necessidade de fugir de tudo? Jesus também passou por essa situação (Marcos 1:35).

Já aconteceu de ter tantas coisas a fazer a ponto de não encontrar tempo nem para parar e comer? Ele sabia bem o que era isso (Marcos 6:31).

Seus amigos já deixaram você na mão? Quando Cristo precisou de ajuda, seus amigos caíram no sono (Mateus 26:40).

Mas quando você recorre à ajuda de Jesus, Ele vem correndo em seu auxílio. Sabe por que
Ele faz isso? Porque sabe como você se sente. Cristo passou pelas mesmas situações.

Portanto, chame-o quando precisar.

Max Lucado, in 365 Bênçãos
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