segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um poema de cordel de Roberto Celestino


MOISÉS, O libertador de Israel

I
Em um tempo de angústia
Dias de grande escravidão
O povo de Deus gemia,
Sob uma poderosa mão
Era a mão de um Faraó
Que do povo não tinha dó
E os regia com opressão

II
Na fabricação de tijolos
Trabalhavam dia a dia,
Para construir cidades
E tudo mais que aparecia
Os campos também cultivavam
Pois em tudo trabalhavam
Sob forte tirania

III
Mas o povo foi crescendo
Logo se multiplicava
Os hebreus já eram muitos
Grande espaço ocupava
E por esse crescimento
Despertava um pensamento
E Faraó se preocupava

IV
Temia que os hebreus crescessem
E viessem se rebelar
E assim em tempos de guerra,
Do outro lado fossem lutar
Então a guerra venceriam,
E do Egito sairiam
A escravidão ia acabar

V
Tomou medida extrema
Difícil até de acreditar,
Ordenou as duas parteiras
De nome Sifrá e Puá
De cada parto que fizer
Só viverá se for mulher
Se for homem tem que matar

VI
Enganado pelas parteiras
Seu plano foi frustrado,
Tomou medida mais dura
Tendo ao seu povo ordenado
Aos das hebréias que nascerão
Sendo a criança um varão
No Rio Nilo será jogado

VII
Em meio a tanta matança
Um menino foi poupado,
Sua mãe o escondeu
Por três meses foi entocado
Mas devido ao crescimento
Chegaria o momento
Que facilmente seria achado

VIII
Em um cestinho de junco
Sua mãe o colocou
Descendo a beira do rio
O cestinho lá deixou
Em soluços e pranteando
Sua irmãzinha ficou olhando
Até que alguém o encontrou

IX
Pela filha de faraó
Moisés foi encontrado
Amamentado por sua mãe
Mas no palácio foi criado
Como príncipe ele cresceu
Mas um dia conheceu
O povo do qual foi tirado

X
Ao sair pra ver seu povo
Viu quão grande era o labor
O quanto eram oprimidos
Sentiu de perto a sua dor
Viu um hebreu ser espancado
Não se conteve e muito irado
Assassinou o agressor

XI
Passou a ser fugitivo
Em Midiã foi morar
Conheceu as filhas de Jetro
Com uma veio se casar,
A vida de príncipe deixou
O palácio pelo campo trocou
De ovelhas foi cuidar

XII
Estando ele no Monte Horebe
Onde estava pastoreando
Viu algo estranho acontecendo
Um arbusto se incendiando
Mas o arbusto não queimava
E quanto mais perto chegava
Aquele fogo ia aumentando

XIII
Do meio do fogo uma voz
Começou a lhe falar,
Tira as sandálias dos pés
Santo é esse lugar
Eu Sou Deus e te escolhi
Pois o clamor do povo ouvi
E tu irás os libertar

XIV
Moisés procurou então
Uma desculpa,uma saída,
Dizendo não saber falar
Quis usar justificativa
Deus disse: Pode parar,
Te dei boca pra falar
Não terás alternativa

XV
Junto ao irmão Arão
Com Faraó foram falar
Deus havia prometido
Que com eles iria estar
A Faraó então chegaram
Em nome de Deus falaram
Para o povo libertar.

XVI
O Faraó não fez caso
Daquilo que escutava
Ao invés de soltar o povo
Mais e mais os apertava
Com o coração endurecido
Ao Senhor não deu ouvidos
Sem saber o que o aguardava

XVII
Vieram sobre aquela terra
Grandes males e muitas dores
As dez pragas do Egito
Acompanhadas de horrores
Pra Faraó reconhecer
Que só quem tem todo o poder
É O Senhor dos senhores

XVIII
As águas dos rios viraram sangue
De rãs a terra se encheu
Piolhos sobre homens e animais
Um enxame de moscas apareceu
A peste os rebanhos assolou
Aos animais dos egípcios matou
E dos hebreus nenhum morreu

XIX
Depois vieram feridas
Purulentas e de fedor
Depois uma chuva de pedras
A qual nem árvore deixou
Os gafanhotos apareceram
Rapidamente tudo comeram
E nada verde ali restou

XX
Vieram densas trevas
E nada podiam ver
E por três dias seguidos
Nada puderam fazer
Dessas pragas já chegadas
Nenhuma seria comparada
A que iria acontecer

XXI
A décima praga enviada
Trouxe ao Egito grande dor
A meia noite chegou a morte
Trazendo grande terror
Ao filho mais velho matava
Do rei,do nobre e da escrava
E ouviu-se grande clamor

XXII
Faraó deixou então
O povo com Moisés ir embora
Saíram logo do Egito
Caminharam deserto afora
Mas Faraó arrependido
Tendo o exército reunido
Foi buscá-los sem demora

XXIII
Era imensa a multidão
Que para Sucote subiu
Liderada por Moisés
Que logo um censo pediu
E o número revelado
Mulheres e crianças de lado
Só de homens seiscentos mil

XXIV
E o povo era guiado
Pelo Deus de Israel
De dia por uma nuvem
A noite por fogo no céu
Dia e noite caminhavam
Ansiosos desejavam
A terra que mana leite e mel

XXV
Perseguindo-os Faraó
Encontrou-os junto ao mar
Depois de longa caminhada
Estava o povo a descansar
Ao verem o Faraó temeram
Seus corações se derreteram
E puseram-se a clamar

XXVI
Diante daquela situação
Levantou-se grande temor
E pelo medo que sentiam
Rebelaram-se contra O Senhor
Desejaram ao Egito voltar
Para forçados trabalhar
Desprezando o libertador

XXVII
Moisés fez calar o povo
E pediu sua atenção,
para lhes falar que Deus
Continuava na direção,
Não adiantava murmurar
Pois Deus os ia salvar
Com sua poderosa mão

XXVIII
Deus disse a Moisés,
Por que estás a clamar?
Diga ao povo que marche
E continue a caminhar
E tu não fiques parado
Levanta já o teu cajado
E toca nas águas do mar

XXIX
Ao tocar Moisés nas águas
O mar então se abriu
E diante daquele povo
Um caminho seco surgiu
O povo então se levantou
Por meio do mar atravessou
Coisa igual nunca se viu

XXX
Faraó e seus soldados
Mar adentro também entraram
Para alcançar o povo
O caminho aproveitaram,
Mas quando o povo passou
O mar então se fechou
E os Egípcios se afogaram

XXXI
Ao chegar do outro lado
Moisés então cantou,
Pois a alegria que sentia
Em seu peito transbordou
A Deus então agradecia,
Pois viram naquele dia
Como Deus os libertou

XXXII
Como havia no Egito
Escravidão e muito enfado,
A humanidade está presa
Escravizada no pecado,
Como se tivessem dormindo
Não percebem que estão caindo
No abismo do diabo

XXXIII
Deus então mostrou
Que haveria uma luz
Assim como enviou Moisés
A nós enviou Jesus
Seu Filho eterno e Amado
Pra nos libertar do pecado
Morrendo numa cruz

XXXIV
Depende só de você
Seguir o Libertador
Ou ficar lá no Egito
Onde o pecado é senhor
Como a terra do leite e do mel
Pra nós reservou o céu
Pelo seu eterno amor

XXXV
Esse É o Deus do impossível,
Que por amor abriu o mar,
Realizou este milagre
Para o povo libertar
Liberta você também
Poder pra isso ele tem
É só você o aceitar

*Nota do autor: Este é o primeiro de uma série de folhetos de Literatura de Cordel Evangelístico, cuja finalidade não é promover uma religião, um grupo religioso, ou mesmo quem o escreveu, pois tudo é de Deus, e a Ele entregamos em forma de louvor. O objetivo no entanto, é apresentar de uma forma popular, conhecimentos de algumas passagens da Bíblia, que para muitos é um livro difícil de ser lido. Espero que seja o primeiro passo para que muitas pessoas despertem o interesse pela palavra de Deus, e possam conhecer o amor do Pai, dispensado para a salvação da humanidade.

Fonte:
Poesia Evangélica

Um comentário:

  1. Pastor Cosme, graça e paz. Lhe enviei uma carta, e ela está esperando ser retirada no Correio aí de Ocara. Se puder, me envie o número de seu telefone.

    Deus lhe abençoe meu amado!

    Um abraço do irmão Sammis

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